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O RS e a Rocha Fosfática – Parte II (por C. Renato B. Da Silva)

A demanda de fertilizantes no Brasil tem crescido de forma mais intensa que a própria produção de grãos e assemelhados. O Brasil ocupa hoje o 2° lugar no ranking de países exportadores de produtos agropecuários, sendo superado apenas pelo USA, líder inconteste do setor. Na produção e consumo de fertilizantes, ocupamos o 4° lugar, ficando abaixo do USA, União Europeia e China.
Consumimos três vezes menos que o USA e, duas vezes menos que a União Europeia. Há um espaço enorme para a produção de fertilizantes, ainda que seja mantida a área de produção atual. Particularmente nos fertilizantes fosfatados, que são de extrema importância nas adubações de nossas culturas de grãos e pastagens, pois nossos solos agrícolas são caracteristicamente pobres no elemento fósforo, temos possibilidade de crescimento intenso do uso. Sua demanda é crescente. Temos uma dificuldade séria para a produção destes; importamos 65% da rocha fosfática, que atinge a quantidade de 1.700.000 toneladas anuais. Para atender a demanda do RS, SC e PR, que é de 700.000 toneladas anuais, importamos toda esta quantidade. Não produzimos nada desta rocha nestes três Estados.

Ocorrência significativa de rocha fosfática, apenas a partir do Estado de São Paulo. As três grandes fábricas de adubo do RS, situadas na cidade de Rio Grande, importam 100% da matéria-prima (no caso, rocha fosfática) para atender a sua produção. Em termos de balança comercial, precisamos dispender U$126.000.000 anuais, para pagar a rocha fosfática que ali chega, não estando incluso neste valor o custo do frete marítimo, que onera mais ainda os valores dispendidos. Nestes custos estão incluídos os valores pagos para a mão de obra necessária para mineração e beneficiamento inicial, que ficam nos países exportadores.

Há ocorrência de rocha fosfática na nossa região, com reservas avaliadas e ainda acrescidas de novas ocorrências, inclusive de origem sedimentar, são muito benéficas e de real importância econômica e social para o RS, além dos estados vizinhos e dos municípios onde estão inseridas as reservas. A exploração racional, ética e sustentável desta riqueza é imprescindível para o resgate econômico e social de uma região deprimida por cerca de sete décadas.

C. Renato B. Da Silva, Engenheiro Agrônomo, Coordenador da ITEC/UCS. Universidade de Caxias do Sul.

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