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A importância dos insumos agrícolas para o rentável setor da agricultura brasileira

Como em qualquer outro segmento, a agricultura necessita produzir, armazenar e comercializar corretamente para que no final a produção alcance seus objetivos e gere o lucro esperado. Os insumos agrícolas são parte essencial neste planejamento, porque compreendem os mecânicos (equipamentos e máquinas), os biológicos (elementos de origem vegetal ou animal, restos de culturas, estercos, sementes e mudas, microrganismos, algas, etc.) e por fim os minerais ou químicos (fertilizantes, pós de rocha, defensivos agrícolas).

Segundo o Engenheiro Agrônomo Carlos Renato Barbosa da Silva, sem estes insumos não conseguiríamos alimentar a população existente no planeta. “A produção mundial de alimentos só se sustenta com o uso deles, pois aumentam a produtividade das culturas. Sabemos que ainda há muitas pessoas com fome, mas o problema está na má distribuição, na logística e no desperdício” explica.

Um estudo intitulado “Crescimento e produtividade da agricultura brasileira de 1975 a 2016” e publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apontou que o produto agropecuário brasileiro cresceu mais de quatro vezes no período pesquisado e que a produção de grãos passou de 40,6 milhões de toneladas para 187 milhões de toneladas, enquanto a pecuária aumentou de 1,8 milhão para 7,4 milhões de toneladas. Segundo o autor da pesquisa, José Garcia Gasques, que é coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério, estes resultados elevaram o Brasil ao nível de grande produtores de alimentos e um dos maiores produtores e exportadores de carnes do mundo. “O salto da produção deu-se principalmente pela melhor utilização de insumos, com efeitos diretos sobre a produtividade” comentou.

O papel estratégico dos insumos minerais para fins agrícolas no país também é evidenciado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que afirma que o setor do agronegócio apresentou um salto comercial de US$ 73,1 bilhões ao país em 2016, especialmente em função das características do solo e do elevado percentual da participação do agronegócio na economia brasileira.

Na indústria gaúcha o cenário não é diferente. Desde a década de 60 a agricultura do Rio Grande do Sul tem se desenvolvido de forma significativa e, como os solos tropicais geralmente são solos muito intemperizados e apresentam baixos teores de fósforo e de bases trocáveis, elevada saturação por alumínio, baixos valores de PH e elevada capacidade de fixação de fósforo, é usual a aplicação de fertilizantes fosfatados.

As principais substâncias minerais de interesse como insumos agrícolas no RS são o calcário, para calagem dos solos e o fosfato para fertilizantes. A calagem é uma técnica de correção do solo que segundo estudos pode até mesmo dobrar a produtividade de determinada área, em poucos anos.

Como a oferta interna de fertilizantes não é suficiente para atender a demanda do país, o valor de se produzir insumos no Brasil é alto. Mas para Carlos Renato Barbosa da Silva, este cenário pode mudar em curto prazo, já que surgem novas possibilidades que trazem excelentes perspectivas para a produção. “A ocorrência de rocha fosfática na região da Campanha gaúcha, será muito benéfica e de real importância econômica e social para o RS. Nossos campos nativos estão degradados: pobres e ácidos, o que é consequência de duzentos anos de pecuária mal administrada, já que não repomos o que tiramos do solo.”

O uso da tecnologia para planejar a produção agrícola, reduzir custos, aumentar a produtividade e diminuir os impactos ambientais é destacado por especialistas como um dos pilares da agropecuária do futuro. Em termos de impactos ao meio ambiente, um aspecto importante é o incremento da eficiência energética das etapas e equipamentos utilizados.

O uso deliberado de defensivos agrícolas também é uma preocupação mundial. Para o engenheiro agrônomo “o uso de defensivos agrícolas de modo inadequado é o que mais causa mal ao meio ambiente e a saúde humana, e também no caso do Brasil, uma legislação errada e por vezes mal intencionada”.

Para Carlos Renato há diversas melhorias que podem ser feitas. “Há defensivos seletivos que atacam uma praga e não fazem mal a outra, como os piretroides (composto químico sintético similar às substãncias naturais piretrinas produzidas pelas glores) que não prejudicam as abelhas. Entretanto, os principais problemas são o uso de doses muito altas, repetições desnecessárias e a não observação dos prazos de carência para consumo.”

A preocupação com o meio ambiente é uma pauta muito atual e estudos para uma utilização correta dos insumos já ganhou espaço na agenda dos pesquisadores. É possível realizar a utilização destas ferramentas, que comprovadamente aumentam a lucratividade do produtor, e ainda sim ter o cuidado de reduzir os impactos ambientais.

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