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GENTE DE LAVRAS – RENATA LA-ROCCA

Entre um gole e outro de café, servido em uma clássica xícara esmaltada de ágata, a comerciante Renata La-Rocca, uma lavrense formada em Direito, conta como viu sua vida tomar um rumo bem diferente. Proprietária de um espaço gourmet, recentemente inaugurado, que tem a sua cara e um cardápio recheado de histórias inspiradas em sua infância, diz que antes de ir embora de casa nunca tinha entrado na cozinha, até surgir essa necessidade quando morou sozinha o que acabou lhe revelando sua grande paixão e talento que nem sequer sonhava existir. Sua relação com as panelas era meramente brincar entre as cozinheiras do restaurante de seu pai. Rindo, menciona que sentava para papear com as cozinheiras e descrevia o que queria comer e como deveria ser feito, nunca imaginando que um dia, ela própria, iria comandar o fogão.

Foi na primeira edição da Ovinofest, em 2013, evento voltado para o setor da ovinocultura, que ela conheceu o chef Roberto Vianna e, a partir de suas oficinas, percebeu sua verdadeira vocação. Relembrando os acontecimentos, a empreendedora imediatamente abre um sorriso, os olhos brilham e a conversa flui. Entre este dia e maio de 2018 foram muitas as ideias, as receitas testadas e muitos elogios que continuam a motivá-la a cada dia que passa.

Foi dentro da família, literalmente de boca em boca, que os doces da “neta predileta” como ela, brincando, se auto-intitula, começaram a fazer sucesso. Fez um bolo para o aniversário do pai e, a pedido da prima, repetiu a delícia para outra festa e assim sua fama foi se espalhando. Ela conta que pegou a receita do merengue da Vó Edith, um creme da Vó Morena, os recheios prediletos e a massa de bolo da Vó Adelina e quando viu estava preparando os próprios quitutes. Para aprimorar fez curso de brigadeiro gourmet e miniconfeitaria no famoso espaço Aires Scavone em Porto Alegre e, hoje, acha que se vira muito bem.

De fato, ela não começou agora. Empreender foi natural em sua vida. Aprendeu a trabalhar com o seu pai, ainda pequena, e nunca mais parou. Sempre ajudou os pais no restaurante da família e mal alcançou a pia já lavava louça, tirava os pratos da mesa e outros tantos afazeres que ela narra como prazerosos. E embora oDona Morena, nome carinhoso escolhido para homenagear as avós, tenha surgido de forma inesperada, mesmo sem capital, agarrou a oportunidade e, contando com o apoio de amigos e muito trabalho, arregaçou as mangas e tornou esse sonho realidade. Um sonho que incluía investir em sua cidade natal, pois sua intenção sempre foi trazer para Lavras todas as novidades possíveis, pois acredita que quem vive aqui merece conhecer e desfrutar do que há de melhor.

Infelizmente, as pessoas ainda insistem em achar que quem volta para Lavras do Sul, faz porque está derrotado, porque não deu certo em outro lugar. Mas a Renata prova que essa pequena cidade, no interior do Rio Grande do Sul, tem um potencial gigantesco e que talvez as pessoas ainda não tenham se dado conta.

Ela se emociona ao contar que esse espírito empreendedor vem da sua principal inspiração, a Vó Edith, mas todas as avós a motivaram, igualmente, a ser quem ela é, uma mulher realizada e que honra a luta de todas as mulheres  de gerações anteriores da família e que hoje, também, inspira outras empreendedoras na cidade.

A lavrense acredita que a cidade tem muito a oferecer, que só tende a melhorar, mas que para isso as pessoas precisam entender que é possível e que, às vezes, a realização pessoal está mais perto do que se imagina. É só escolher os ingredientes certos!

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