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GENTE DE LAVRAS – Elis Rejane Rocha Moreira

O papel do professor é fundamental dentro da escola, mas se reflete em toda a sociedade, já que é agente ativo na formação do cidadão. A professora Elis Rejane Rocha Moreira, 47 anos, provou, ao longo de sua carreira, que ir além é fundamental para facilitar a construção da aprendizagem.

Nos anos 90, quando chegou ao 2º Distrito de Lavras do Sul, Ibaré, diz ter sido muito bem recebida. “As pessoas aqui são muito hospitaleiras, fui muito bem acolhida”. Foi lá que conheceu o Antônio Marcos, ou, como é mais conhecido, Preto do Ibaré. E também foi lá que formaram uma família. São três meninas: a primeira, Daniele, veio quando Rejane descobriu que as chances de gerar um bebê eram muito pequenas. “Ela chegou em novembro, e em março do ano seguinte descobri que havia engravidado da Bianca. Cinco anos depois, ainda tive a Brenda; elas são minhas razões de viver”.

A ideia de montar um grupo de Dança surgiu com a alteração dos planos de curso da escola. “Tínhamos que nos adequar à realidade dos moradores daqui, do campo, e trabalhar com interdisciplinaridade”. Interdisciplinar é um adjetivo que qualifica o que é comum a duas ou mais disciplinas, ou outros ramos do conhecimento. E foi isso que fez. O trabalho foi reconhecido por toda a comunidade e, a partir de uma conversa com uma tia de seu marido, Mara Corrêa, viu que poderia ir além dos pátios da escola. “Fomos mais audaciosas: além de trabalhar a cultura gaúcha com as crianças da comunidade, através da dança, resolvemos montar um piquete e realizar nossa própria Semana Farroupilha.”

A cada setembro, a vida rústica do campo, com seus galpões e churrascadas, as atividades como o preparo do chimarrão, o encilhamento dos cavalos, as músicas e as danças tradicionalistas ficam em evidência por todo o Estado. A diferença do festejo no Ibaré é que toda a população se envolve. “Realizamos a festa sem ter um capital fixo, dependemos de doação das pessoas, então eu vou de casa em casa, pedindo colaboração, e o Sr. Naná Munhóz fica responsável por ir até as estâncias para pedir contribuição de carne.”

Os organizadores da festa realizam cafés campeiros e jantares durante todos os dias, sempre gratuitos aos visitantes do evento. Rejane diz que o trabalho é exaustivo, mas é gratificante ver o carinho com que todos os tratam. “É uma semana de entretenimento, de lazer, de cultura e um reencontro de pessoas amigas, famílias e parentes que estão distantes.”

O grupo de dança, antigo Ibareense, hoje chamado Odessa Petrarca, já se apresentou em diversos lugares. Mais de 40 crianças já fizeram parte e hoje 36 são beneficiadas pelo projeto.

Pessoas como Rejane nos provam que a forma como você lida com os obstáculos determina o sucesso pessoal.

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