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Mineração em Pauta: A Importância da Mineração

Desde épocas bem antigas o homem vem exercendo atividades de mineração, lá no início retirava-se de locais apropriados argila para produzir artefatos de cerâmica, e as rochas duras para preparação de armas e objetos de corte. Desde então, a exploração e o tratamento de minerais serve de base ao progresso industrial e ao comércio, e em função das tecnologias avançadas, é uma das bases do poder econômico, militar e político.

O Prof. Dr. Ítalo Gomes Gonçalves, Coordenador do curso de Mineração da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) comenta que “praticamente todos os bens que consumimos no nosso dia a dia são oriundos da mineração. Os metais, presentes tanto nos equipamentos eletrônicos como no aço que sustenta as construções, têm origem em uma mina”.

É impossível pensar em nosso planeta sem a utilização de recursos minerais. “Outros insumos minerais importantes incluem o cal (um dos ingredientes do cimento), os agregados de construção e rochas ornamentais, as argilas utilizadas na fabricação de papel, tintas e produtos cerâmicos, o carvão, que sustenta a matriz energética em períodos de seca, e até mesmo a água, pois a extração de água mineral também é uma atividade de mineração” observa Gonçalves.

Porém, mesmo com tantos prós, é impossível falar em mineração e não ouvir o que o lado contrário diz. O que precisamos, neste momento, é lembrar e nos conscientizar sobre a relevância dos recursos minerais na vida dos seres humanos, pois esta é incalculável. Não existe outra maneira de fornecimento da matéria prima necessária para o desenvolvimento de produtos básicos, que nos dão conforto, qualidade de vida e alimentação que não seja via mineração.

 “Uma grande parcela dos consumidores não se mostra disposta a abrir mão do conforto para evitar que mais e mais recursos naturais tenham que ser extraídos. Pois sim, nós consumidores somos parte importante desse processo, exatamente porque ditamos a demanda” comenta a bióloga da Prefeitura de Lavras do Sul, Barési Delabary.

Há alguns anos atrás pouco se falava de impacto ambiental, porém hoje as leis e normas que regulamentam a atividade de mineração vistos deste ponto de vista dão um suporte que nos permite confiar quando as empresas se mostram claras e transparentes com relação ao trabalho que irão realizar.

Segundo a bióloga “no Brasil, a legislação ambiental prevê não só o controle ambiental durante a etapa da extração, como também exige o acompanhamento da extração por técnicos habilitados e a recuperação da área degradada ao final da atividade”. Para Barési, se nossa legislação for devidamente aplicada em todas as esferas, veremos reduzir drasticamente os possíveis impactos ambientais e sociais que a atividade poderia gerar.

“As empresas de mineração são obrigadas a reflorestar toda a área que for desmatada e controlar a deposição de rejeitos de forma a evitar a contaminação do solo” comenta o Prof. Dr. Ítalo. Hoje, algumas minas quando finalizadas se tornam aterros sanitários, parques, lagos artificiais, entre outras formas. “Em outros casos o terreno é reconstruído e reflorestado de forma que nem é possível perceber que um dia houve uma mina ali” finaliza Gonçalves.

Para a bióloga a prevenção é o ponto principal quando se fala de mineração. “Ao diagnosticar futuros impactos é possível desenvolver ações para mitigá-los e, em alguns casos, até mesmo impedi-los de acontecer” comenta e finaliza “para que possamos trabalhar a prevenção dos impactos negativos é necessário combater a clandestinidade”.

O Prof. Ítalo acredita que se a mineração cessasse ou fosse reduzida drasticamente, o preço de muitas coisas subiria, e a indústria da reciclagem teria que se desenvolver muito, devido à falta de novas matérias-primas. “Com certeza nossa rotina reverteria àquela de algumas décadas ou séculos atrás, já que a disponibilidade de veículos e eletrônicos seria reduzida” conclui.

Como forma de apelo o coordenador do curso de mineração da Unipampa pede que a sociedade não se deixe influenciar pelos formadores de opinião que tentam transformar a mineração em uma espécie de “patinho feio”, como se só trouxesse prejuízos para o planeta. “A atividade de mineração em si não possui nada de maligno. Entre as pessoas que a praticam podem existir sim pessoas mal intencionadas. Mas os verdadeiros vilões são aquelas que fazem tudo ilegalmente e sem regulamentação.”

Vivemos em uma época que temos uma grande quantidade de informações ao nosso alcance, e isso possibilita acompanhar as mudanças que ocorrem no ambiente e na sociedade de uma forma geral. “Basta que cada um se disponha a conhecer os processos e as normas vigentes, bem como, reconhecer o quanto está inserido nesse sistema para auxiliar na proteção da comunidade e do meio ambiente” orienta Barési Delabary.

                                                                                                                                                             Fonte: Assessoria de Comunicação Projeto Fosfato

                                                                                                                                                             Contato: comunica@projetofosfato.com.br

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