De acordo com especialistas, o ano de 2020 chegou com uma excelente perspectiva de crescimento econômico para boa parte do país. Em especial para as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul que podem registrar avanços da atividade acima da média nacional contribuindo para impulsionar o PIB brasileiro.
No caso do Sul, o motivo é porque ele continua sendo, ao lado do Centro-Oeste, a região com maior peso no setor do agronegócio, naturalmente beneficiado pelas boas safras de grãos e produção de proteínas. De acordo com o site Valor Econômico a peste suína alavancou o preço da carne brasileira, o que gerou renda para os frigoríficos, refletindo positivamente na economia.
Após um ano impactante para os profissionais da mineração, em razão do rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais, o setor busca se reerguer perante a sociedade, demonstrando seu compromisso com o aperfeiçoamento dos processos produtivos, maior transparência e adoção crescente de padrões internacionais de sustentabilidade.
O setor tem boas perspectivas para o Estado do Rio Grande do Sul em 2020. Em especial movimentado pelos projetos que estão em processo de licenciamento ambiental. No final de 2019 a FEPAM emitiu Licença Prévia para o Projeto Fosfato Três Estradas, em Lavras do Sul, que prevê 60 anos de exploração do minério na região da campanha gaúcha. Além dele ainda existem mais 3 projetos em processo de licenciamento no RS.
No início do ano, o governador Eduardo Leite sancionou o novo Código Ambiental do RS. O objetivo é desburocratizar o processo para quem quer empreender no Rio Grande do Sul sem descuidar do meio ambiente, tornando as normas mais claras e ágeis para criar maior competitividade ao Estado.
Na cerimônia de lançamento do novo código Leite disse que a Lei “atualiza e moderniza a legislação ambiental gaúcha dando condições de desenvolvimento com a devida proteção ao meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma responsável com as futuras gerações ao mesmo tempo em que facilita as condições ao empreendedorismo, gerando emprego e renda para todos os gaúchos”.
Devido ao aumento constante da produtividade das lavouras brasileiras o setor de fertilizantes segue em alta. O ano de 2019 fechou com um volume recorde de vendas e o crescimento do setor em quase 2%. O Brasil é o quarto maior mercado mundial de fertilizantes, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Atualmente o país importa 80% da matéria-prima relativa ao fósforo (P) e ao potássio (K), utilizados para a fabricação de diversas misturas de NPK.
O Projeto Fosfato Três Estradas agora busca a Licença de Implantação (LI). O início da operação está previsto para 2022, atendendo boa parte da demanda do Rio Grande do Sul.